Antigamente, montar seu próprio PC era uma boa forma de economizar, gastando 10 ou até 20%
menos do que pagaria em um PC montado de configuração similar. Entretanto, com a queda dos
preços e o enorme crescimento das vendas no varejo, os preços caíram muito, fazendo com que
montar um micro saia muitas vezes mais caro do que simplesmente comprar um PC no
supermercado, principalmente no caso das configurações mais básicas.
Entretanto, se compararmos os preços em relação aos que a Dell oferece, por exemplo, vemos
que a balança volta a tender em favor dos PCs montados. O motivo é simples: para vender PCs
baratos, é preciso usar componentes baratos. Ao comprar um PC de R$ 999, você quase sempre
leva o que paga, com uma fonte genérica, uma placa-mãe de alguma das herdeiras chinesas da
PC-Chips (com um chipset daquele fabricante que começa com S e termina com S, com um i no
meio) e assim por diante.
Comunidade Técnicos em Informática® - www.tecnicoseminformatica.com Texto de Carlos E. Morimoto originalmente postado no GuiaDoHardware.net ______________________________________________________________________________ Montando um PC com o melhor custo-benefício Antigamente, montar seu próprio PC era uma boa forma de economizar, gastando 10 ou até 20% menos do que pagaria em um PC montado de configuração similar. Entretanto, com a queda dos preços e o enorme crescimento das vendas no varejo, os preços caíram muito, fazendo com que montar um micro saia muitas vezes mais caro do que simplesmente comprar um PC no supermercado, principalmente no caso das configurações mais básicas. Entretanto, se compararmos os preços em relação aos que a Dell oferece, por exemplo, vemos que a balança volta a tender em favor dos PCs montados. O motivo é simples: para vender PCs baratos, é preciso usar componentes baratos. Ao comprar um PC de R$ 999, você quase sempre leva o que paga, com uma fonte genérica, uma placa-mãe de alguma das herdeiras chinesas da PC-Chips (com um chipset daquele fabricante que começa com S e termina com S, com um i no meio) e assim por diante. Em resumo, montar um PC é ainda um bom negócio se você sabe o que está fazendo e quer um PC com componentes de boa qualidade, sem falar na liberdade de reforçar qualquer componente que faça a diferença pra você (armazenamento, desempenho 3D, memória, processamento, etc.) sem pagar tão mais caro por isso. Outro argumento é que os processadores, memórias e outros componentes estão lentamente
atingindo a maturidade e passando a evoluir mais devagar do que tínhamos há uma década atrás. Isso faz com que cada vez mais gente adie os upgrades, ficando com o mesmo PC por dois, três, ou até quatro anos, muito diferente dos upgrades anuais que eram comuns antigamente. Com isso, escolher cuidadosamente os componentes do PC acaba sendo ainda mais importante, já que ele provavelmente vai acabar te acompanhando por um bom tempo. Nessa análise, vamos examinar as melhores opções de componentes, com o objetivo de montar um PC com o melhor custo-benefício, com base na disponibilidade e nos preços aqui no Brasil. Essa lista está longe de ser definitiva, já que todos os dias temos novos lançamentos e variações nos preços, mas ela pode oferecer dicas valiosas na hora de montar o seu, ou pelo menos servir como um ponto de partida. Vamos lá: Processador O processador é quase sempre o melhor lugar para economizar ao montar um micro. Explico: mesmo os processadores mais baratos da safra atual oferecem um desempenho mais do que suficiente para tarefas do dia a dia e, mesmo nos jogos, o desempenho é quase sempre limitado pela placa 3D, e não pelo processador. Naturalmente, se você resolver jogar a 800x600, um Pentium E ou um Athlon X2 podem limitar o FPS muito antes de uma GeForce 9600, por exemplo, mas ao jogar a 1280x800 ou 1024x768 (como quase todo mundo hoje em dia), o trabalho pesado recai sobre a placa 3D. Outro argumento a favor dos processadores value é o overclock, que permite obter um "upgrade grátis", equiparando o desempenho ao de processadores muito mais caros, sem precisar colocar a mão no bolso. Dentro da linha da Intel, uma das melhores opções é ainda o bom e velho Pentium E5200 (2.5
GHz) de 0.045 micron, que já custa perto da faixa dos R$ 200. ______________________________________________________________________________ Autor do Texto: Carlos E. Morimoto, originalmente postado no GuiaDoHardware.net Editado por: Lucas Oliveira – https://paudepirulito.wordpress.com 1
Comunidade Técnicos em Informática® - www.tecnicoseminformatica.com Texto de Carlos E. Morimoto originalmente postado no GuiaDoHardware.net ______________________________________________________________________________ Todos os processadores da série E5xx são baseados no core Wolfdale-2M, que nada mais é do que um Wolfdale castrado, com parte do cache L2 desativado. Assim como em quase todos as demais famílias de processadores de baixo custo, a Intel obtém os processadores aproveitando unidades defeituosas da linha de produção do Core 2 Duo, aplicando o famoso processo de "die harvesting" (colheita de núcleos), onde processadores com defeitos localizados (defeitos em um dos núcleos ou em uma pequena área da memória cache, por exemplo) são aproveitados através da desativação seletiva de determinados componentes. No caso do Core 2 Duo, a maior parte dos defeitos são localizados no cache L2, que ocupa a maior parte da área do processador. Desativando parte do cache, a Intel pode desabilitar a parte onde está o defeito, obtendo um processador perfeitamente funcional, embora um pouco mais lento. Processadores com defeitos em um dos núcleos, ou com defeitos múltiplos acabam tendo mais componentes desativados, virando Celerons single-core. Apesar da idéia de ter um processador castrado pode soar estranha, na verdade o negócio não é tão ruim assim, pois você paga muito menos pelo processador. As duas principais desvantagens dele em relação aos Core 2 Duo são o cache de apenas 2MB e o uso de bus de apenas 800 MHz. O cache é realmente uma pena, já que reduz o desempenho em até 10% se comparado ao de um C2D do mesmo clock, mas o bus de 800 é na verdade um fator positivo, pois oferece uma margem muito grande de overclock através do aumento da frequência do FSB. Na frequência default, o E5200 é um processador bastante econômico, por isso a Intel o fornece em conjunto com um cooler baixo, inteiramente de alumínio, que é mais do que suficiente para refrigerar o processador a 2.5 GHz, mas não oferece uma margem muito boa de overclock. ______________________________________________________________________________ Autor do Texto: Carlos E. Morimoto, originalmente postado no GuiaDoHardware.net Editado por: Lucas Oliveira – https://paudepirulito.wordpress.com 2
Comunidade Técnicos em Informática® - www.tecnicoseminformatica.com Texto de Carlos E. Morimoto originalmente postado no GuiaDoHardware.net ______________________________________________________________________________ Ao usá-lo, você pode fazer um overclock leve aumentando o FSB de 200 para 233 MHz, o que resultará em 2.912 GHz. Este é um overclock simples e limpo, sem riscos e sem necessidade de aumentar a tensão. Entretanto, ao trocar o cooler anêmico por qualquer coisa um pouco melhor, você pode aumentar o FSB para 266 MHz, elevando a frequência para 3.325 MHz. Nesse caso, você precisará aumentar a tensão em 0.1V para estabilizar o processador, mas o processador ainda continuará operando dentro de uma margem tranquila de tolerância. O E5200 oferece uma margem de overclock muito grande quando combinado com uma boa placa-mãe e um bom cooler, o que é praticamente um passe livre para usar o processador na frequência que quiser. Você pode atingir facilmente os 3.5 GHz com um pequeno aumento adicional na tensão, ou chegar perto dos 4.0 GHz com medidas um pouco mais extremas. Ele é realmente um processadorzinho bastante valente. Duas sugestões de coolers se você pretende atingir frequências acima dos 3.3 GHz são o Arctic Cooling Freezer 7 Pro (R$ 115), Cooler Master Hyper 212 (R$ 159) e o Noctua NH-U9B (R$ 199). Se você está em busca de opções mais baratas, pode também obter bons resultados com o Cooler Master Hyper TX2, que custa apenas R$ 79 na Waz. Você pode ler mais sobre overclock na série de artigos que publiquei ao longo de junho: https://www.gdhpress.com.br/blog/basico-overclock/ https://www.gdhpress.com.br/blog/overclock-fsb/ https://www.gdhpress.com.br/blog/overclock-tensoes/ https://www.gdhpress.com.br/blog/overclock-core-i7/ Uma observação importante é que o Pentium E não oferece suporte ao Intel VT (os componentes também são desativados em fábrica, junto com o cache), o que faz falta em muitas situações. O Intel VT é usado pelo recurso de emulação do Windows XP no Windows 7 e também pelo KVM e pelo Xen (no Linux). Sem o recurso, estes sistemas de virtualização deixam de funcionar, deixando apenas soluções como o VMware e o VirtualBox, que não dependem da função. ______________________________________________________________________________ Autor do Texto: Carlos E. Morimoto, originalmente postado no GuiaDoHardware.net Editado por: Lucas Oliveira – https://paudepirulito.wordpress.com 3
Comunidade Técnicos em Informática® - www.tecnicoseminformatica.com Texto de Carlos E. Morimoto originalmente postado no GuiaDoHardware.net ______________________________________________________________________________ Para quem não pretende fazer overclock, outra opção dentro da linha Intel seria o Core 2 Duo
E8400 que garante um desempenho por clock sutilmente superior ao dos modelos anteriores. O grande problema é que ele custa quase R$ 600, ou seja, quase três vezes mais caro que o E5200. Comparando ambos à frequência default, o E8400 é quase 33% mais rápido e oferece a vantagem de oferecer suporte ao Intel VT. Entretanto, quando levamos o fator overclock em consideração, a diferença entre os dois é muito pequena, já que sendo baseados na mesma técnica de fabricação, ambos são capazes de atingir frequências similares. De fato, o E5200 leva vantagem em termos de overclock, já que ele utiliza um multiplicador de 12.5x (o que permite aumentar a frequência sem precisa esticar tanto a frequência do FSB), enquanto o E8400 usa multiplicador de apenas 9x. Dentro da linha da AMD, uma opção na mesma faixa de preço (do E8400) seria o Phenom II X2
550 Black Edition núcleo) e um cache L3 compartilhado de 6 MB. Basicamente, ele é um Phenom II quad-core com dois dos núcleos desativados, que pode ser usado tanto em conjunto com placas AM3 (e memórias DDR3) quanto em placas AM2+ (DDR2). Uma vantagem secundária é que sendo um integrante da série Black Edition, ele tem o multiplicador destravado, o que facilita os overclocks. Como ele foi lançado agora em junho, é ainda quase impossível encontrá-lo no Brasil, mas no exterior ele custa apenas US$ 100, o que deve colocá-lo na faixa dos 400 reais ao chegar por aqui. Outra opção um pouco mais barata é o Athlon II X2 250 (3.0 GHz), que é também um
processador AM3 dual-core de 0.045 micron, mas que se diferencia do Phenom II X2 por utilizar um cache L2 de 2 MB (1 MB por núcleo), sem cache L3. ______________________________________________________________________________ Autor do Texto: Carlos E. Morimoto, originalmente postado no GuiaDoHardware.net Editado por: Lucas Oliveira – https://paudepirulito.wordpress.com 4
Comunidade Técnicos em Informática® - www.tecnicoseminformatica.com Texto de Carlos E. Morimoto originalmente postado no GuiaDoHardware.net ______________________________________________________________________________ Placa-mãe A sugestão de placa-mãe é a Gigabyte GA-EP45-UD3L, sobre a qual falei rapidamente em maio
( https://www.guiadohardware.net/analises/gigabyte-ep45-ud3l/). Ela é uma placa baseada no P45,
que oferece uma opção bastante completa de ajustes no setup e uma construção bastante sólida, com capacitores de estado sólido e os demais ítens do Ultra Durable 3. Ela pode trabalhar em conjunto com qualquer processador LGA 775, do Celeron ao Core 2 Quad, o que deixa margem para upgrades futuros conforme os preços caírem. Apesar dos recursos, ela é uma das placas mais baratas com o P45, custando na faixa dos 400 a 450 reais. Você pode economizar alguns trocados comprando uma GA-P35-DS3 (que custa na faixa dos 350 reais), mas seria uma economia questionável, já que ela é baseada em uma plataforma mais antiga. O P45 é o pico evolutivo dentro da plataforma LGA775, servindo como uma opção bastante madura. Alguem poderia argumentar que com os Core i7 no horizonte, seria mais prudente esperar, em vez de investir em uma plataforma que está prestes a se tornar obsoleta. A resposta é que isso depende do ponto de vista. Hoje em dia, você gastaria pelo menos R$ 1600 para comprar um Core i7-920 (2.66 GHz) mais a placa-mãe, o que é quase o triplo do preço que estamos pagando pelo E5200 e a EP45-UD3L. Vai demorar quase um ano até que a plataforma i7 (processadores e placas) caiam para um patamar de preço similar ao que temos hoje na plataforma LGA 775, e muita coisa pode mudar até lá. Sem dúvidas, não seria um bom momento ______________________________________________________________________________ Autor do Texto: Carlos E. Morimoto, originalmente postado no GuiaDoHardware.net Editado por: Lucas Oliveira – https://paudepirulito.wordpress.com 5
Comunidade Técnicos em Informática® - www.tecnicoseminformatica.com Texto de Carlos E. Morimoto originalmente postado no GuiaDoHardware.net ______________________________________________________________________________ para pagar 900 reais em um Core 2 Quad Q9550, mas os processadores LGA 775 mais baratos ainda são uma escolha segura. Assim como outras placas baseadas no P35 e no P45, a EP45-UD3L oferece suporte oficial ao bus de 1333 MHz usado pelo E8400 e também aos processadores Core 2 Quad, o que deixa as portas abertas para um upgrade futuro. Com a introdução dos Core i7 e Core i5 baseados no Lynnfield, os processadores Core 2 Quad tendem a cair rapidamente de preço e eventualmente serem descontinuados, o que abre a possibilidade de comprar um a preço de banana lá pelo final de 2010. Memória A diferença de preço entre os módulos de 1 e 2 GB já é inferior a 30 reais, por isso não faz mais sentido comprar dois módulos de 1 GB, já que você comprar dois módulos de 2 GB gastando pouca coisa a mais. Usar um único módulo de 2 GB seria uma opção para quem realmente precisa economizar, mas nesse caso perderíamos o dual-channel, o que teria um certo impacto sobre o desempenho (sobretudo em PCs com placa de vídeo onboard, onde o barramento da memória é compartilhado entre o processador e o chipset de vídeo). Comprar um módulo de 2 GB agora e deixar para comprar outro depois também não é exatamente uma boa idéia, pois os preços dos módulos DDR2 atingiram um ponto muito baixo e tendem a subir nos próximos meses, conforme os módulos DDR3 ganharem a cena e os DDR2 começarem a sair de produção. Atualmente, o ponto ideal do ponto de vista do custo-benefício é usar dois módulos de 2 GB em dual-channel, totalizando os 4 GB. Você pode então escolher entre usar um sistema de 64 bits e realmente aproveitar os 4 GB, ou continuar usando a versão de 32 bits, sacrificando nesse caso a maior parte do último GB (leia os detalhes sobre o limite dos 3 GB no: https://www.gdhpress.com.br/hardware/leia/index.php?p=cap4-12 ).
Uma boa opção de módulos são os Kingston ValueRAM PC2-6400 (DDR2, 800MHz, CL6), que
custam a partir de 105 reais, de acordo com a loja. Antigamente, os módulos da Kingston custavam substancialmente mais caro, mas com a concorrência acirrada entre os fabricantes de memória as diferenças caíram. A linha ValueRAM é justamente a mais barata dentro da linha da Kingston, por isso não espere tempos de latência muito baixos. A principal vantagem deles é a questão do controle de qualidade e a garantia vitalícia. Pesquisando um pouco, você encontrará também alguns kits DDR2-800 a preços bem acessíveis, muitas vezes apenas alguns poucos reais mais caro. O principal motivo é que a demanda por kits DDR2-800 saíram de moda com o aumento na oferta dos módulos DDR2-1066 e dos módulos DDR3. Com isso, os fabricantes acabaram sendo obrigados a vender o final dos estoques nos "mercados emergentes", incluindo aí o Brasil. Estes kits normalmente não são uma boa escolha, já que são muito mais caros e a diferença de desempenho não compensa. Entretanto, quando a diferença é pequena eles acabam sendo um bom negócio, já que são construídos com chips selecionados (capazes de trabalhar com latências ligeiramente inferiores às dos módulos genéricos) e você ganha de brinde um dissipador que pode ser bastante útil ao esticar a frequência dos módulos no overclock. No PC da análise, usei um kit OCZ NVIDIA SLI Ready Edition 4GB Kit (2 x 2 GB, DDR2 800MHz PC2-6400). A OCZ lançou este kit em 2007, aproveitando o hype em torno do SLI, mas obviamente eles podem ser usados em outras situações. Eles oferecem temporização de 5-4-4 e ______________________________________________________________________________ Autor do Texto: Carlos E. Morimoto, originalmente postado no GuiaDoHardware.net Editado por: Lucas Oliveira – https://paudepirulito.wordpress.com 6
Comunidade Técnicos em Informática® - www.tecnicoseminformatica.com Texto de Carlos E. Morimoto originalmente postado no GuiaDoHardware.net ______________________________________________________________________________ custaram apenas 10 reais mais caro que dois módulos Kingston Value na Hardstore: HD O HD é sempre uma escolha complicada, já além do desempenho e do preço, pesa muito a questão da confiabilidade, já que mesmo que o fabricante honre a garantia no caso de um defeito prematuro, a restituição se limitará à troca do HD e não dos dados que foram perdidos. O grande problema é que ninguém sabe quais dos novos modelos apresentarão um índice de problemas acima do normal até que um grande número deles já tenham sido vendidos e estrago já tenha sido feito. Com isso, a maioria das pessoas acaba simplesmente preferindo os HDs de fabricantes com os quais já tenha tido boas experiências no passado, o que acaba levando a muitos julgamentos subjetivos. Com relação ao custo-benefício, uma das melhores opções atualmente é o Samsung HD502IJ,
de 500 GB 7.200 RPM. Ele pode ser encontrado por menos de R$ 200 em algumas lojas, o que é um bom preço para um HD de meio terabyte: ______________________________________________________________________________ Autor do Texto: Carlos E. Morimoto, originalmente postado no GuiaDoHardware.net Editado por: Lucas Oliveira – https://paudepirulito.wordpress.com 7
Comunidade Técnicos em Informática® - www.tecnicoseminformatica.com Texto de Carlos E. Morimoto originalmente postado no GuiaDoHardware.net ______________________________________________________________________________ Os HDs da Samsung possuem um bom histórico, com poucas séries problemáticas. Tradicionalmente, eles são um pouco mais baratos e bastante silenciosos, mas em compensação também um pouco mais lentos que os concorrentes diretos. Isso mudou um pouco com a série F, que utiliza a tecnologia de gravação perpendicular. Eles continuam sendo silenciosos e baratos, mas passaram a oferecer também um desempenho competitivo. Além do HD502IJ, ela inclui o HD103UJ (1 TB, 32 MB de buffer), o HD753LJ (750 GB, 32 MB) o HD752LJ (também 750 GB, mas com 16 MB de buffer), o HD642JJ (640 GB, 16 MB) e o HD501IJ (500 GB, 8 MB). Tanto o HD103UJ quanto o HD753LJ e o HD752LJ possuem 3 platters, enquanto o HD642JJ, o HD502IJ e o HD501IJ possuem dois. Fonte Se você tem 300 reais para gastar, pode fazer uma compra segura, levando para casa uma Zalman 460W ZM460B-APS SevenTeam 450W ST-450P-CG (R$ 200) e a Huntkey 350W
Green Star - LW-6350HG as genéricas. A ST-450P-CG tem como contra-indicação a baixa eficiência (na faixa dos 68%), o que representa um pequeno adicional mensal na conta de luz ao longo da via útil do PC. Ela também não é muito silenciosa, mas a qualidade da construção é ainda boa. A LW-6350HG é a fonte mais barata dentro da linha da Hunkey, que serva como uma opção às fontes genéricas para quem não pode gastar mais de 100 reais na fonte. Ela trabalha com uma ______________________________________________________________________________ Autor do Texto: Carlos E. Morimoto, originalmente postado no GuiaDoHardware.net Editado por: Lucas Oliveira – https://paudepirulito.wordpress.com 8
Comunidade Técnicos em Informática® - www.tecnicoseminformatica.com Texto de Carlos E. Morimoto originalmente postado no GuiaDoHardware.net ______________________________________________________________________________ taxa de eficiência na faixa dos 80% trabalhando com 50% da capacidade (os 85% das especificações são uma estatística um pouco otimista) e tem uma qualidade de construção aceitável, considerando o preço. A grande observação é que assim como outros modelos da linha Green Star da Hunkey, a fonte realmente explode quando a capacidade de fornecimento é ultrapassada, por isso não é prudente utilizá-la em configurações que consomem mais de 250 watts, mantendo uma boa margem de segurança. Ela é suficiente para sustentar o E5200 com o overclock de 33%, com um ou dois HDs, 4 GB de RAM e uma GeForce 9600 GT ou outra placa 3D mediana. Entretanto, se você pretende fazer um overclock maior, usar um processador quad-core ou espetar uma placa 3D mais parruda, seria aconselhável ir para um modelo que ofereça 450 watts reais, para que a fonte continue trabalhando dentro de um nível confortável de utilização. Fontes de maior capacidade são necessárias em casos mais extremos, como ao usar duas (ou três :) GeForce GTS 250 em SLI, ou ao tentar usar um Core 2 Quad em overclock para 4.0 GHz, mas em situações normais, uma fonte de 1000 watts acaba sendo apenas um desperdício de dinheiro. Elas são apenas mais um modismo para atender os fetiches de alguns. Uma opção mais recente, que é ainda um pouco difícil de achar mas oferece uma relação custobenefício difícil de superar é a Corsair 400W CX CMPSU-400CX, ela é um modelo de baixo custo
dentro da linha da Corsair, que custa US$ 60 no exterior e pouco mais de 220 reais no Brasil. Ela se parece bastante com a Corsair 450W CMPSU-450VX, mas oferece uma capacidade um pouco menor e um nível de eficiência ligeiramente mais baixo, mas ainda acima dos 80% (ela é uma fonte certificada dentro do programa 80 Plus), mas estes são fatores mais do que compensados pela redução no preço. Além do bom conjunto de conectores (6 SATA, 6 Molex, 1 PCIe de 6 pinos, 2 EPS de 4 pinos e 1 floppy) ela é uma fonte single-rail, o que indica um uso de um único circuito para todas as saídas de 12 volts, em vez de dois ou mais circuitos de capacidade menor como em fontes mais baratas. Ela é capaz de fornecer até 30 amperes (360 watts) na saída de 12 volts (que é a utilizada por quase todos os componentes em um PC atual) e mais 20 amperes nas saídas de 3.3 e 5V (desde que o consumo total não exceda os 400 watts). ______________________________________________________________________________ Autor do Texto: Carlos E. Morimoto, originalmente postado no GuiaDoHardware.net Editado por: Lucas Oliveira – https://paudepirulito.wordpress.com 9
Comunidade Técnicos em Informática® - www.tecnicoseminformatica.com Texto de Carlos E. Morimoto originalmente postado no GuiaDoHardware.net ______________________________________________________________________________ Este gráfico emprestado do bit-tech ( https://www.bit-tech.net/hardware/psus/2009/04/27/corsair-cx-
400w-psu-review/7 ) mostra uma eficiência de 84.5% com 50% de carregamento e 84% com 75%,
o que é uma excelente marca para uma fonte nessa faixa de preço: Em um confronto direto com a SevenTeam ST-450P-CG, ela leva uma pequena desvantagem na capacidade, mas ganha por uma grande margem com relação à eficiência, o que faz com que ela seja a melhor escolha do ponto de vista do custo-benefício. A diferença de eficiência cobre com folga a diferença no preço, de forma que a longo prazo a 400-CX acabe saindo mais barato. Gabinete Apesar de não interferir no desempenho nem reduzir o consumo elétrico do PC, o gabinete é outro item importante. Mantendo a idéia do custo benefício, o escolhido foi o Cooler Master Elite
RC-330 Se você está acostumado com as farpas e rebarbas dos gabinetes genéricos, o acabamento desse gabinete será uma agradável surpresa. Outro diferencial é que ele já vem com um fan de 120 mm instalado na abertura traseira e com o túnel de vento para o processador, o que oferece uma ventilação suficiente, sem precisar comprar exaustores adicionais: ______________________________________________________________________________ Autor do Texto: Carlos E. Morimoto, originalmente postado no GuiaDoHardware.net Editado por: Lucas Oliveira – https://paudepirulito.wordpress.com 10
Comunidade Técnicos em Informática® - www.tecnicoseminformatica.com Texto de Carlos E. Morimoto originalmente postado no GuiaDoHardware.net ______________________________________________________________________________ Quase toda a parte frontal do gabinete é coberto por uma grade metálica com uma camada fina de espuma por trás, o que permite que o ar circule sem dificuldade. Nessa configuração, o ar entre pela frente e pelo túnel de vento e é eliminado pelo exaustor traseiro e pela fonte, oferecendo uma boa circulação. Como de praxe, você pode também adicionar um exaustor frontal para aumentar a circulação, o que é útil caso opte por um overclock mais extremo, ou caso futuramente faça o upgrade para um Core 2 Quad. Ele inclui brackets removíveis para a fixação dos drives, o que facilita bastante as coisas se você costuma fazer upgrades com frequência. Entretanto, eles não oferecem uma fixação tão boa quanto ao usar parafusos: ______________________________________________________________________________ Autor do Texto: Carlos E. Morimoto, originalmente postado no GuiaDoHardware.net Editado por: Lucas Oliveira – https://paudepirulito.wordpress.com 11
Comunidade Técnicos em Informática® - www.tecnicoseminformatica.com Texto de Carlos E. Morimoto originalmente postado no GuiaDoHardware.net ______________________________________________________________________________ O kit que acompanha o gabinete vem com vários parafusos extras. É interessante usá-los no lugar dos brackets no HD primário, para evitar qualquer possibilidade de vibração excessiva do drive. Placa 3D Com poucas exceções, todas as placas de vídeo baseadas no mesmo chipset e com o mesmo tipo de memória apresentam um desempenho muito similar, independente do fabricante. Isso acontece por que quase todos baseiam as placas nos projetos de referência disponibilizados pela nVidia e ATI, variando apenas o tipo de memória e a frequência. Dentro dos preços atuais (no Brasil), as duas melhores opções para quem quer um bom desempenho sem gastar muito seriam as GeForce 9600 GT e as Radeon 4650. Uma boa opção de GeForce 9600 GT é a ECS N9600GT-512MX (512MB GDDR3 256-bit), que é
um dos modelos mais baratos, custando a partir de R$ 350. Existem também variações com 1 GB de RAM, mas elas não são boas escolhas, pois são mais caras e praticamente não existe ganho de desempenho, salvo alguns poucos casos específicos. ______________________________________________________________________________ Autor do Texto: Carlos E. Morimoto, originalmente postado no GuiaDoHardware.net Editado por: Lucas Oliveira – https://paudepirulito.wordpress.com 12
Comunidade Técnicos em Informática® - www.tecnicoseminformatica.com Texto de Carlos E. Morimoto originalmente postado no GuiaDoHardware.net ______________________________________________________________________________ Uma observação é que essa placa possui dois conectores DVI e não acompanha o adaptador, por isso se você pretender usar um monitor com o conector VGA analógico, vai precisar comprar o adaptador separadamente. De volta à questão da memória, se você estiver usando um sistema de 32 bits, o 1 GB de memória acaba sendo uma desvantagem, pois ocupa endereços adicionais no Virtual Address Space, reduzindo a quantidade de memória RAM vista pelo sistema. Basicamente, 512 MB a mais de memória na placa de vídeo significam 512 MB a menos de RAM disponível para o sistema. As Radeon 4650 perdem em um confronto direto com as 9600 GT (elas são concorrentes diretas das 9500 GT, um degrau abaixo na escala de desempenho), mas são em compensação bem mais baratas, custando a partir de R$ 200. Uma boa opção é a Sapphire 100253 HDMI (DDR2, 512
MB, 128 bits) que custa na faixa dos 220 a 240 reais. ______________________________________________________________________________ Autor do Texto: Carlos E. Morimoto, originalmente postado no GuiaDoHardware.net Editado por: Lucas Oliveira – https://paudepirulito.wordpress.com 13
Comunidade Técnicos em Informática® - www.tecnicoseminformatica.com Texto de Carlos E. Morimoto originalmente postado no GuiaDoHardware.net ______________________________________________________________________________ Assim como no caso das 9600, você encontrará variações com 1 GB de RAM, que simplesmente não oferecem nenhuma vantagem tangível, já que a 4650 tem menos poder de processamento e um barramento mais estreito com a memória. Recentemente, as Radeon 4850 receberam um corte de preço (no final de Junho, já é possível comprar uma SAPPHIRE 100245L 512MB por US$ 99 na Newegg) que em breve deve refletir nos preços aqui do Brasil, colocando-as na faixa dos 400 reais, o que as tornará uma opção muito boa em termos de custo-benefício, já que são consideravelmente mais rápidas que as 9600 GT. O grande problema com as placas da ATI de uma forma geral é a baixa qualidade dos drivers para Linux (o suporte é especialmente ruim no caso das placas mais recentes, que em muitas distribuições só funcionam em conjunto com o driver VESA), o que praticamente as desqualifica como opções caso você pretenda usar o sistema. A ATI nunca teve um grande respeito pelos usuários Linux e a situação não mudou com a compra pela AMD. Isso me leva a preferir a 9600 GT, apesar de a nVidia vir claramente perdendo a briga em termos de desempenho nas categorias intermediárias. Se você é um jogador mais inveterado, pode obter um desempenho bem superior usando uma Radeon 4870 ou uma GeForce GTX 260, mas elas já estão em uma outra categoria de preço e já não oferecem uma relação custo-benefício muito boa. Se, por outro lado, você quer apenas uma placa de vídeo que ofereça um bom desempenho 2D e um bom suporte a dois monitores, então qualquer placa da nVidia com suporte ao TwinView atende bem. Mesmo uma 6200 TC vinda do micro antigo (ou de segunda mão) vai dar conta do trabalho. O desempenho em 3D da 6200 não é muito diferente da oferecida por uma Intel GMA3100 (o chipset de vídeo integrado ao chipset G31), mas pelo menos ela ela oferece suporte nativo a dois monitores e um desempenho suficiente para uso geral, mostrando que se você não joga, não existe muita necessidade de investir em uma placa mais cara. ______________________________________________________________________________ Autor do Texto: Carlos E. Morimoto, originalmente postado no GuiaDoHardware.net Editado por: Lucas Oliveira – https://paudepirulito.wordpress.com 14
Comunidade Técnicos em Informática® - www.tecnicoseminformatica.com Texto de Carlos E. Morimoto originalmente postado no GuiaDoHardware.net ______________________________________________________________________________ Monitor Os monitores de 17" com aspecto 4:3 são ainda a melhor opção para quem quer usar dois monitores para tarefas de produtividade. Colocando dois monitores de 1280x1024 lado a lado, você obtém uma área de trabalho de 2560x1024, o que é realmente bastante espaço. A principal vantagem, entretanto, é que com dois monitores você tem realmente dois ambientes semiindependentes, o que permite que você mantenha duas janelas maximizadas simultaneamente (um navegador e um aplicativo qualquer de produtividade, por exemplo), o que é realmente muito útil quando se está trabalhando. A maioria das placas offboard atuais oferecem suporte nativo a dois monitores, o que dispensa o uso de uma segunda placa de vídeo, como era necessário antigamente. No caso das placas da nVidia, temos o TwinView, que possui um excelente suporte também no Linux (veja as dicas de configuração no https://www.gdhpress.com.br/blog/twinview/) e está disponível mesmo em placas
antigas, como as 6200. Os monitores wide de 15" ou 17" são bons para filmes e jogos, mas a redução na resolução vertical acaba fazendo uma grande diferença quando se está trabalhando (basta ter em mente que muitos monitores possuem apenas 800 pixels verticais, assim como os LCDs de notebook). Outro problema é que ao usar dois monitores wide lado a lado, o desktop acaba ficando "esticado" demais, desconfortável de usar. Para o PC da análise, optei por dois monitores LG Flatron L1755 LCD TFT 17" (1280×1024, 5
ms). Não existe nada de muito especial com este modelo, ele é apenas mais um monitor TN mediano, assim como quase todos os modelos value da safra atual. Ele foi escolhido mais pelo design e pela disponibilidade. Ele custa em média R$ 420, um pouco mais barato que o Flatron W1752T 17" Wide (1440 x 900), que na verdade oferece uma área útil menor. ______________________________________________________________________________ Autor do Texto: Carlos E. Morimoto, originalmente postado no GuiaDoHardware.net Editado por: Lucas Oliveira – https://paudepirulito.wordpress.com 15
Comunidade Técnicos em Informática® - www.tecnicoseminformatica.com Texto de Carlos E. Morimoto originalmente postado no GuiaDoHardware.net ______________________________________________________________________________ Se, por outro lado, você pretende usar o PC predominantemente para jogar ou assistir filmes, então usar dois monitores não faz tanto sentido. A melhor escolha nesse caso seria um monitor wide de 22" e resolução de 1680x1050. Com as recentes quedas nos preços, já existem opções na faixa dos 600 reais, um pouco mais caro que os monitores de 15" e 17" dos PCs de supermercado, mas ainda assim acessíveis. O preço varia bastante, por isso não deixe de fazer as tradicionais buscas nos sites de comparação de preço para encontrar as promoções. Algumas sugestões na faixa dos 600 reais (todos com resolução de 1680x1050) seriam: BenQ G2200WA 22" Wide LG W2284F 22" Wide LG W2252 LCD TFT 22" Wide Samsung 2232BW 22" Wide Samsung T220 22" Wide Estes são todos modelos value, que são atrativos pelo preço, mas ainda utilizam o conector analógico. Se você puder gastar 200 reais a mais, uma boa opção seria o Samsung 2263UW, que possui
entradas DVI e HDMI, além de uma webcam e speakers integrados. A entrada DVI é recomendável, não apenas por que dispensa o uso do adaptador em placas que oferecem apenas o conector DVI, mas também por que a qualidade da imagem é ligeiramente menor, sem a perda da conversão digital>analógico>digital que ocorre ao usar o conector RGB. ______________________________________________________________________________ Autor do Texto: Carlos E. Morimoto, originalmente postado no GuiaDoHardware.net Editado por: Lucas Oliveira – https://paudepirulito.wordpress.com 16
Comunidade Técnicos em Informática® - www.tecnicoseminformatica.com Texto de Carlos E. Morimoto originalmente postado no GuiaDoHardware.net ______________________________________________________________________________ Comunidade Técnicos em Informática ® ______________________________________________________________________________ Autor do Texto: Carlos E. Morimoto, originalmente postado no GuiaDoHardware.net Editado por: Lucas Oliveira – https://paudepirulito.wordpress.com 17 fontes silenciosas, que trabalham com um bom nível de eficiência e possuem uma qualidade de construção muito boa, que podem lhe acompanhar por vários upgrades. O grande problema é que caímos sempre na questão do preço. Ao verem que fontes boas custam tão caro, a resposta da maioria é simplesmente voltar para as fontes de "550 watts" de 50 reais da Wisecase (ou similares) que, bem, não são exatamente uma opção segura. Duas fontes "meio-termo" seriam